A Missão

Ano: 1986

Gênero: Drama,aventura.

Elenco: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neesen, Aidan Quin.

Diretor: Roland Joffé.

Resumo: Relata a crise nas relações entre a Corôa Portuguesa (Marquês se Pombal) e a Companhia de Jesus. O irmão Gabriel é aceito pelos índios guaranis, pacificamente, graças a música do seu oboé. Faz trabalho de evangelização, os índios cantam no coro, constroem  violinos,vivem em paz nas Missões. Rodrigo Mendoza\ é um mercenário que mata o irmão em  um duelo. Esse crime o faz mudar de vida movido pela auto punição. Por sua conta,isola-se em um mosteiro. Resolve ajudar o irmão Gabriel em seu tr

abalho com os guaranis..As missões, porém,têm o destino traçado e são destruídos pelos " civilizados ". No final todos perecem. Fêz-se a vontade dos homens que se julgam enviados por Deus, quando na verdade é o desejo de poder, dinheiro e questões políticas que comandam a carnificina.

Frases: " Nada nesse mundo se dá como prevíamos".

" Com uma orquestra, os jesuítas teriam dominado um continente inteiro."

"Para mim,não há redenção."

" Deus nos deu o livre - arbítrio Você escolheu o crime"

" Isso não é democracia. Somos membros  de uma  ordem religiosa

" Nossa tentativa de criar um paraíso na terra contraria muita gente."

" Os Jesuítas têm poder demais aqui".

" O que está em jogo é a existência da Ordem jesuíta , aqui e na Europa."

"Você vai se desculpar ou já não é mais jesuíta."

" O Marquês de Pombal quer destruir o poder da Igreja.Sua comunidade cristã é comercialmente

 competitiva e muito próspera. Não é por isso que querem ter o contrôle sobre ela?

" Suas preces serão ouvidas, Deus lhe dirá o que fazer e lhe dará valor e força para faze-lo."

"Por sua órdem, as missões precisam ser sacrificadas."

Quero renunciar aos meus votos de obediência."

" Se os jesuitas não obedecerem,serão expulsos de Portugal,depois da Espanha,Itália e França.

"Mas não tenho forças para viver num mundo assim. Ousa me dizer que aquela carnificina foi necessária?"

"Vossa Santidade,agora seus padres estão mortos e eu fui deixado vivo. Mas, em verdade,sou eu que estou morto e eles são os que vivem. como sempre, o espírito da morte sobreviverá na memória dos vivos.

Comentário:  Filme vencedor da Palma de Ouro no festival de Cannes. È uma história forte, uma ferida aberta na  história da Igreja, baseado em fatos reais, que aconteceram no sul do Brasil. As ruínas das

Missões ainda hoje causam assombro e    admiração. A trilha sonora é belíssima , apresentando um um coral de música sacra com índios cantando de maneira bela e perfeita. Ó fato histórico não representa guerra, mas a matança indiscriminada de inocentes. A mais " pura" covardia! Tive a graça de visitar a região das Missões  e nessa visita assisti uma peça teatral noturna e ao ar livre, sem atores, mas de luz, sombra e som. Muito lindo, até hoje ainda não ví nada que chegasse  a se rivalizar com o espetáculo. E bom lembrar que ainda hoje, os nossos índios  estão engajados na luta pela preservação de sua cultura. No relato do filme só restava para os " selvagens" três escolhas: perder seus costumes e crenças para uma nova cultura:serem escravizados; serem dizimados pelos colonizadores. Pergunto: e hoje há diferença?